quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Instituto de Educação: resultados eleitorais e considerações "democráticas"

Representantes ao Conselho do Instituto

• Corpo de Professores e Investigadores: 100 eleitores

- Votos obtidos pela lista A – 30 (37%) - 1 mandato
- Votos obtidos pela lista B – 39 (48,1%) - 2 mandatos
- Votos brancos – 12 (14,8%)
- Votos nulos - 1

Representantes ao Conselho Científico do Instituto

• Corpo de Professores e Investigadores: 100 eleitores
- Votos obtidos pela lista A - 64 (80 %) - 13 mandatos
- Votos brancos – 16 (20%)
- Votos nulos – 2
• Foi eleita a Lista A com 80 % dos votos

Só a título de "curiosidade democrática", vejam-se os resultados numa Escola mais pequena do que o Instituto de Educação - a Escola de Economia e Gestão:

Representantes ao Conselho Científico
Lista A - 30 votos (5 mandatos)
Lista B - 15 votos (2 mandatos)
Lista C - 26 votos (5 mandatos)

Representantes ao Conselho de Escola:
Lista A - 26 votos (4 mandatos)
Lista B - 16 votos (2 mandatos)
Lista C - 30 votos (4 mandatos)

É notório que a lista única da Assembleia Estatutária do IE, que mobilizou pouco mais de cinquenta dos 100 eleitores, dos quais 32% votaram branco, fez um trabalho notável do ponto de vista da configuração democrática do "órgão colegial representativo do Instituto". Onde as outras Escolas da UM têm 10 e 11 representantes eleitos por sufrágio directo e universal, a nossa AE teve a brilhante ideia de lá colocar 7 lugares por inerência (Directores), ficando para eleger directamente apenas 3 representantes.

Para além disso, os Estatutos elencam os diversos segmentos que constituem o Conselho de Instituto deixando para último lugar os Representantes dos Professores e Investigadores em termos de "as vagas remanescentes". Ora, o diminuto número de representantes a eleger, a referência aos docentes em último lugar e em termos de "vagas remanescentes", com todo o simbolismo que essa expressão contém, são reveladorese de desprezo e desconsideração pela representação directa dos docentes no Conselho do Instituto. É a revelação de uma cultura aparelhística de controlo do poder que teme a expressão livre e plenamente democrática da vontade e sentimentos dos docentes - uma representação de 4 elementos da lista A e de 6 da lista B seria algo bem diferente. Temos uma situação que não tem paralelo noutras Escolas da UM.

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