segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Responsabilização!

No seu Relatório de Fiscalização da Empreitada de Construção da Escola de Ciências da Saúde, o Tribunal de Contas preconiza medidas de responsabilização. No resumo do Relatório em

Os trabalhos adicionais, que foram considerados ilegais pelo Tribunal de Contas (objecto dos contratos adicionais, n.ºs 1, 2 e 3) foram aprovados pelo Conselho Administrativo em 2006 e em 2007, nos montantes de €359.275,90 (1.º Adicional), €47.318,58 (2.º Adicional) e €79.183,04 (3.º Adicional), com o voto favorável de todos os seus membros. Estes responsáveis incorrem em responsabilidade financeira, implicando a sua eventual condenação o pagamento de multa, de valor a fixar pelo Tribunal.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Isto não é nada bom para a UM!

O Tribunal de Contas (TC) detectou irregularidades na construção do edifício da escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho (UM). Durante a obra foram contratados trabalhos a mais de quase meio milhão de euros. A obra foi adjudicada, em 2005, por 13,4 milhões de euros, mas quando ficou concluída, três anos depois, o valor final ascendia a mais de 16 milhões.

A notícia continua no Jornal Público de hoje:

http://jornal.publico.clix.pt/noticia/28-08-2009/tc-detecta-novas-irregularidades-na-universidade-do-minho-17665960.htm

Como se pode compreeder que a informação disponível suscite dúvidas sobre se a vistoria das obras contou com a particiapção de um engenheiro civil?

Estamos perante uma situação em que as notícias desprestigiantes para a Universidade do Minho, designadamente as que decorrem de decisões dos Tribunais Administrativos (quatro) e de auditorias do Tribunal de Contas (duas), se sucedem em catadupa. Isto é a demonstração da enorme falácia do pensamento instituído nos últimos anos, segundo o qual as perspectivas críticas e divergentes são apanágio dos inimigos da Universidade do Minho.

É o contrário:

A VISÃO CRÍTICA PREVINE O ERRO E CONTRIBUI PARA AS MELHORES SOLUÇÕES DE INTERESSE GERAL!

Mas será que esta sucessão de notícias já não nos causa indignação e perplexidade?

Será que isto é já a "normalidade" perante a qual ficamos indiferentes?

Esperemos bem que até 10 de Setembro se apresentem candidatos a Reitor que dêem à Academia uma palavra sobre estas situações. Candidatos que nos apresentem uma visão programática de mudança, de renovação e de recuperação de uma imagem pública de maior prestígio e respeito da Universidade do Minho.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

COMO ELIMINAR PROFESSORES CRÍTICOS E "INCONVENIENTES"? Há um método infalível!

http://arts.uwaterloo.ca/~kwesthue/elimprof.htm
ELIMINATING PROFESSORS
A Guide to the Dismissal Process
Kenneth Westhues

Por que razão se escreve um livro de instruções sobre como podem os dirigentes académicos eliminar um professor? O título é um truque de retórica. O que o autor faz é descrever-nos como isso realmente se faz, tendo por base muitos estudos de caso. E o modo como isso se faz é muito assustador, sendo um processo em que a verdade conta muito pouco. O objectivo fundamental é expulsar o professor-alvo, e a informação é usada e distorcida para alcançar esse objectivo. (…) Este livro presta um grande serviço pela forma como demonstra com inegável rigor o modo como os dirigentes podem usar de forma corrupta determinada informação para demitir professores que não merecem esse destino. Para os que acreditam que estes processos são de um modo geral justos nas universidades, este livro é especialmente recomendável. A sua leitura ajuda a abrir os olhos.

Russell Eisenman, Department of Psychology, University of Texas — Pan American, book review in The Journal of Information Ethics, 2001.

Com a publicação deste livro e a subsequente investigação sobre o tema, Westhues criou um novo campo na sociologia. (…) Num estilo de língua afiada, o livro oferece aos dirigentes académicos, os “conselhos” a seguir, passo a passo, para se verem livres de um professor incómodo chamado Dr. PITA (Pain In The Ass – numa tradução livre eu diria Crítico e "Inconveniente"). (…) O firme propósito do(s) dirigente(s) passa a ser exercer pressão e ameaçar todos os que estão por perto do professor-alvo, que têm como preocupação fundamental conservar o seu emprego e o seu salário.

David S. Clarke, Professor of Management of Technology, Southern Illinois University, and Editor, Knowledge, Technology, and Society, in his weekly e-newsletter, 2003.

Eliminating Professors é uma discussão inteligente, satírica e catártica sobre os frequentes e tenebrosos processos de eliminação vividos por professores competentes no Ensino Superior. (…) O “conselho” que Westhues dá aos dirigentes não é tanto o de intimidar quem se revolta no campus; ele considera que o melhor aliado dos administradores é o pânico moral imposto à vítima. O ponto-chave está em fazer a sua gestão.

Courtney Welch, Coordinator of Student Programs, Texas Women's University, book review in Teachers and Teaching: Theory and Practice, 2001.

É bem sabido que as universidades (...) dão suporte a reprováveis tiranos, cheios de uma pomposa diletancia, que, apoiando-se numa insuportável, obtusa e indecifrável burocracia (…) trabalham sem piedade para torturar pessoas competentes. Westhues, um professor premiado, sofreu duramente as consequências da perseguição. Miraculosamente, ele apresenta-nos uma desapaixonada análise das forças que sobre ele se abatiam, enquanto esperava que o pelotão de fuzilamento recebesse a ordem para sobre ele descarregar as munições das suas armas.

Gary Namie, Western Washington University, co-founder of the International Campaign Against Workplace Bullying and co-author of The Bully at Work.

Os capítulos do livro (…) alternam entre o ”suspense” da narrativa do caso do próprio Westhues, sufocado na tortura de um processo de recurso exasperante, e os capítulos de “como fazer”, que, presume o leitor, são escritos com uma voz intensamente irónica e ao mesmo tempo muito verdadeira.

David W. Leslie, Chancellor Professor of Education, The College of William and Mary, book review in The Journal of Higher Education, 2000.