terça-feira, 20 de janeiro de 2009

"Por uma efectiva liberdade de expressão e de divulgação permanente de opinião".

(Excertos da Mensagem da Lista dos funcionários não docentes, candidata às Eleições para o Conselho Geral, divulgada na UM no dia 20 de Janeiro.

UMA UNIVERSIDADE EM MUDANÇA,
UM PARA TODOS

Caros Colegas

Trabalhadores não docentes e não investigadores

Apresentamos ontem, nos termos regulamentares, a nossa candidatura à eleição para a representação do pessoal não docente e não investigador, ao Conselho Geral, que terá lugar no próximo dia 2 de Março.
(...)

Os trabalhadores não docentes têm apenas um representante neste órgão, por opção estatutária na Universidade do Minho, o que pode significar, em tese, uma reduzida capacidade de actuação e de influência nas decisões a tomar. Não obstante, a representação dos trabalhadores não docentes pode traduzir-se num importante instrumento de influência, enquanto veículo de informação, e ainda de transmissão da sua singular perspectiva, no seio do Conselho Geral, em numerosos aspectos, designadamente nos relacionados com a gestão da Universidade.

É nossa convicção, por outro lado, que o saber adquirido dos trabalhadores, na vivência prática do quotidiano da Universidade, porque transversal às diversas áreas, constituirá um significativo contributo para o bom funcionamento do órgão, tendo em conta as particulares valências decorrentes da sua intervenção.
(...)

O que nos une - e nos move - é a defesa dos direitos e dos interesses dos trabalhadores não docentes, bem como, a afirmação do seu papel enquanto interlocutores essenciais na vivência universitária.

As mudanças operadas pelo novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, bem como, pelos actuais Estatutos da Universidade do Minho, implicam uma profunda transformação do modelo organizacional da Universidade, impondo a todos um redobrado empenho na sua implementação.
(...)

No que toca aos trabalhadores não docentes e não investigadores, esta situação é particularmente complexa, face às alterações decorrentes do novo regime de vínculos, carreiras e remunerações, bem como, ao Contrato de Trabalho em Funções Públicas, já em vigor. Espera-se de cada um, em particular, e de todos, em geral, um esforço acrescido no conhecimento dos seus deveres, e na defesa dos direitos e garantias a eles associados.

Candidatamo-nos em nome de uma intervenção fortemente independente, crítica e responsável. Por uma efectiva liberdade de expressão e de divulgação permanente de opinião.
(...)

A lista tem a seguinte composição:

Maria Fernanda Teixeira Ferreira - Assessoria Jurídica
Amaro António Magalhães Rodrigues - Escola de Ciências
Severina Manuela Costa Araújo - Serviços de Documentação
José Emílio Costa Palmeira - Instituto de Educação

A mandatária da Lista é a Drª Natália Martins Ferreira, da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.

Comentário:

Nesta época eleitoral que vivemos é muito importante que se fale do Direito à Liberdade de Expressão e de Opinião na Universidade do Minho; do Direito a uma Intervenção Independente e Crítica, sem represálias. Porque esse é o espírito universitário que se proclama. Quando esse espírito está em crise mais necessário se torna reivindicar a sua recriação no seio da comunidade académica. Bem hajam os funcionários não docentes por levantarem a sua voz na defesa do ideal de universitário.

Considerando os factos do passado (ver em http://liberdadeuminho.blogspot.com/2008/07/reeleio-da-lista-dos-funcionrios-no_07.html ) a apresentação desta lista única de candidatos de funcionários não docentes ao Conselho Geral tem um significado muito relevante. Com efeito, a mesma corrente de opinião de funcionários que agora se apresenta, ganhou as eleições para representantes ao Senado em 28/03/07 e de novo em 25/06/07, face a uma outra lista, depois de uma impugnação das eleições, por via de métodos muito pouco edificantes.

Nesta altura é pertinente perguntar onde estão aqueles que, depois de derrotados pelos votos brancos (quando se apresentaram como lista única), tudo fizeram para impedir que os representantes eleitos dos funcionários tomassem os seus lugares no Senado? Aprendida a lição, de três sucessivas derrotas, estão agora elucidados sobre quanto valem entre os funcionários, as práticas e os valores que representam.

Lembrar isto nesta altura é inscrever no tempo os factos do passado para melhor reconhecer e dar significado os factos do presente. É uma prática de pedagogia para se aprender com a experiência. É contrariar a lógica de branquiamento que conduz à repetição dos vícios do passado. É lembrar que, por vezes, vale a pena lutar com convicção e perseverança por aquilo em que se acredita. A memória quer-se viva na presente construção do futuro.

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