terça-feira, 18 de março de 2008

HOJE MAIS DO QUE NUNCA: EXPANDIR A POTÊNCIA DE VIDA!

Segundo José Gil

"É o medo que nos tolhe e, directa ou indirectamente, nos inibe de expandirmos a nossa potência de vida, e mesmo a nossa vontade de viver.

Enquanto dispositivo mutilador do desejo, o medo dispõe à obediência. Amolece os corpos, sorve-lhes a energia, cria um vazio nos espíritos que só as tarefas, deveres, obrigações da submissão são supostos preencher. O medo prepara impecavelmente o terreno para a lei repressiva se exercer."


São difíceis os tempos que hoje vivemos no País e na Universidade. Não nos deixemos tomar pelos fantasmas que nos toldam o discernimento e desfalecem energias, deixando-nos à mercê de um sopro que nos faz tombar.

Sacudamos os corpos tolhidos, levantemo-nos na direcção da luz, tenhamos no espírito uma visão clara, não desistamos de SER.

Não nos limitemos a esperar pelos acontecimentos, sejamos actores dos acontecimentos.

Isso é transformar os tempos sombrios de hoje em dias promissores.

Isso é esperança!

ISSO É EXPANDIR A POTÊNCIA DE VIDA!

2 comentários:

Anónimo disse...

E valerá realmente a pena, lutarmos contra a opressão sobre as tentativas constantes de silenciar quem se manifesta contra???


Sinceramente não sei. Não vivi o 25 de Abril de 1974, mas sou uma apaixonada por história e felizmente sempre tive professores que me davam a beber a sua sabedoria e experiência, sim eu que em criança coleccionava recortes de jornais sobre o tema e a com quem meus pais brincavam e diziam "ai rapariga vais dar revolucionária.". Mas sabem, meus pais estavam errados, porque não se pode sequer exigir o que é nosso por direito a LIBERDADE. Senão vejamos o que está a acontecer com o processo de avaliação dos docentes, 100000 docentes nas ruas de Lisboa e para quê??? Para a Ministra no Parlamento afirmar "A minha obrigação não é dar as respostas que a senhora deputada quer ouvir. A minha obrigação é responder com resultados. Respondo com aquilo que faço, com a política educativa" e esta senhora ainda se acha com razão tudo porque o engenheiro (escrevi em letra minúscula de propósito) Sócrates a anda a levar ao colo e a segura-la no Ministério.

Não sou docente mas senti necessidade de estar presente na vigília feita na cidade de braga numa sexta-feira à noite e aqui fica o meu relato num site onde professores desabafam, trocam experiência e materiais de trabalho.

"Sou de Braga nascida e criada e ontem senti a obrigação de estar ao vosso lado, ao lado dos meus ex professores e dos meus futuros colegas.

Sou sincera não estava à espera de ver muita gente, cheguei à avenida eram 22:25 e não vi ninguém, decidi ir dar uma volta, a verdade é que as lágrimas caíram porque vi um "mar" de emoções umas saudosas outras de revolta e indignação mas nas ondas desse mar de gente sentia-se a UNIÃO de um povo que já fez a Revolução à 33 anos, lembrei-me inevitavelmente do meu professor de História que com a memória viva a correr nas veias nos relatava não só a história em si mas a sua experiência. Mas voltando ao que ontem vivi, senti um orgulho imenso na minha futura profissão, juro, senti que somos capazes de voltar a fazer a revolução. Cheguei à praça do Município e só consegui dizer "LINDO" porque realmente aqueles olhares aqueles cânticos, que mesmo espontâneos, eram perceptíveis Foi como que uma viagem no tempo, primeiro porque muito humildemente senti o que muitas vezes a minha mãe me conta o que viveu, os dias da revolução do 25/04/1974 porque o que sempre realçava era que o poder do povo "jamais será vencido.". Depois vi os meus professores, as pessoas que orientaram o meu caminho, me deram de beber do seu saber, que muitas vezes me "puxavam" orelhas, mas que ,acima de tudo, partilharam o que de melhor tinham e fizeram de mim uma pessoa melhor, e por fim porque senti e tive a certeza que o meu futuro é a EDUCAÇÃO que o futuro do nosso país está nas nossas mãos e que a escola será sempre em primeiro lugar dos alunos e em segundo dos professores porque a escola deve ser feita para eles alunos pelos professores, pais e comunidade.

Espero não ter sido muito maçadora e desculpem se a narrativa não for a mais correcta mas a verdade é que neste momento as palavras saltam-me da alma e por vezes o conter e explicar o que vai na alma é confuso.

e para si Sr.ª ministra não se esqueça que o valor da educação é superior ao valor dos diamantes porque a educação molda seres, faz uma nação."

Sinceramente não sei se valerá a pena, naquela noite achei que sim...sinto que neste momento quer na sociedade quer na Universidade existe um ambiente pidesco e silenciador de almas prontas a mover montanhas...

Anónimo disse...

esta rapariga é a melhor Madrinha do mundo!a melhor! =)