1. O sujeito, que é alvo de moobing, situa-se pelo menos ao nível da média ou provavelmente acima da média, do ponto de vista do seu desempenho profissional.
2. Sobre o sujeito correm boatos e rumores sobre a sua suposta má conduta.
3. O sujeito não é convidado, não é indicado para grupos de trabalho ou o exercício de cargos - é excluído ou exclui-se ele próprio.
4. Um incidente crítico é motivo para um enfoque de grupo para sublinhar “a espécie de sujeito que ele/ela é realmente”.
5. Há uma partilhada convicção de que o sujeito merece algum tipo de punição institucional para “aprender a lição”.
6. O momento da decisão da punição é despropositado, incompreensível – há critérios de cálculo que só os decisores conhecem.
7. O sujeito é alvo de comentários com forte carga emotiva e difamatória, em forma de comunicações orais e escritas.
8. O sujeito é alvo da expressão formal de sentimentos colectivos de reprovação, tais como voto de censura, abaixo-assinado ou petição, reunião para discutir o que fazer com ele/ela.
9. Há um elevado secretismo, confidencialidade, e colegial solidariedade entre os mobbers [agressores].
10. No contexto de trabalho torna-se perigoso dar razão ao sujeito ou defendê-lo – isso conduz à destruição da liberdade e da diversidade de pontos de vista.
11. Há um coleccionar dos reais ou imaginados “pecados” do sujeito, em termos de em certo momento concluir-se que é preciso dizer “basta” – "é preciso fazer qualquer coisa".
12. O sujeito é apontado como pessoa perigosa, sem possibilidades de se redimir; é rotulado em termos estigmatizantes e repulsivos.
13. Apesar das regras e procedimentos institucionalmente estabelecidos, os mobbers tomam o “problema” nas próprias mãos, aplicando ao sujeito as regras da sua própria conveniência.
14. Os mobbers opõem forte resistência a qualquer forma de avaliação externa e independente das sanções aplicadas ao sujeito.
15. Os mobbers ficam furiosos face a qualquer tipo de reclamação ou pedido de ajuda exterior que o sujeito possa fazer.
16. Os mobbers temem acções violência do sujeito, o sujeito teme acções de violência dos mobbers, ou ambos ocorrem.
Segundo Konrad Lorenz, Prémio Nobel da Medicina ou Fisiologia, em 1973, e fundador da etologia, o mobbing entre as aves e os animais em geral, é um fenómeno motivado por instintos de sobrevivência. É muito comum entre as galinhas o facto de rejeitarem uma nova galinha que acaba de chegar - é uma ameaça para o grupo. Cada uma das que já estavam no galinheiro ataca a recém-chegada à bicada e mantém-na afastada da comida e da água. Cada bicada isoladamente não causa grande ferimento, mas o seu efeito cumulativo conduz à morte.
Segundo o mesmo autor, os humanos estão também sujeitos aos instintos inatos que engendram o mobbing, dispondo porém da faculdade de os submeter a um controlo racional. Mas parece que nem sempre conseguem…
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