quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Uma ideia de vivência académica no Instituto de Educação

Eis algumas das ideias que acolheram o voto favorável de quase 40% dos docentes do Instituto:

O IE só poderá realizar a sua missão e objectivos se zelar pela concretização dos princípios que proclama e conseguir criar um clima social de bem-estar, de elevada motivação das pessoas e que ofereça oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.

Um estudo realizado, ao longo de 22 anos, sobre as causas de esgotamento de milhares de pessoas nas organizações (Leiter & Robichaud, 1997) identificou seis factores de desmoralização e desmotivação no contexto trabalho: 1. Carga de trabalho excessiva; 2. Falta de autonomia (cumprir orientações rígidas, sem direito de opinião sobre as melhores formas de fazer o trabalho); 3. Ser mal pago por muito trabalho; 4. Isolamento e perda de sentido comunitário; 5. Injustiça; 6. Conflitos de valores (contradição entre aquilo em que a pessoa acredita e o que lhe é exigido no trabalho).

Considerando que, em maior ou menor grau, estes factores estão presentes no IE e devem ser combatidos, e acreditando nos princípios consagrados nos seus Estatutos, pugnaremos por uma cultura institucional que melhore a qualidade da nossa vivência académica. Essa cultura tem regras:

- Todos os membros da comunidade do Instituto (funcionários e docentes, qualquer que seja a categoria) são iguais perante a lei e a todos é devido um tratamento pessoal digno e respeitoso.

- O poder de órgãos e pessoas rege-se pelo estrito respeito da legalidade, da transparência e da submissão ao escrutínio crítico, sempre que se justifique. Em caso de injustiça ou ilegalidade, são asseguradas instâncias de recurso fiáveis e credíveis.

- As decisões sobre a vida profissional das pessoas obedecem a metodologias e critérios transparentes que asseguram a justiça das mesmas, sem favorecimento de uns em prejuízo de outros.

- A todos é assegurado o direito de livre participação, sem penalização ou benefícios na vida profissional em função da natureza dessa participação.

- A comunidade do IE é una, não é um território fragmentado em compartimentos estanques e fechados sobre si próprios.

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