Em conferência de imprensa, no passado dia 12 de Fevereiro, a Lista B de professores e investigadores (de que faço parte), tornou pública a sua posição de que é "insustentável o adiamento da renovação completa do governo da Universidade", na sequência das eleições de 2 de Março. Preconiza assim um novo ciclo na vida da academia que envolve e renovação de todos os órgãos de governo da UM, incluindo o Reitor. Esta facto constitui uma incontornável linha de fractura que arruma as três listas candidatas ao Conselho Geral da UM em dois campos completamente distintos:
a) de um lado as listas A e C que, por tudo quanto já disseram, entendem que o actual Reitor deve permanecer em funções, quaisquer que sejam os resultados eleitorais e,
b) por outro lado, a lista B que pretende promover o início de um novo ciclo, em que a necessária legitimidade do novo Reitor emergirá da legitimidade democrática no novo Conselho Geral. Porque é ao Conselho Geral que compete eleger o Reitor.
Na recente tomada de posição da lista B dirigida à Academia lê-se:
A UM não pode perder mais tempo para iniciar um novo ciclo. Do actual Reitor, que não se pode recandidatar nem reúne, aparentemente, apoios das listas candidatas ao Conselho Geral, só poderemos esperar que resolva o problema financeiro para pagar o salário ao fim de cada mês a professores e funcionários. Ora, isso é muito pouco e, dadas as actuais relações existentes com a tutela, nem isso estará totalmente garantido.
A separação das águas é agora mais clara do que nunca. A real possibilidade de mudança está nas mãos da Academia.
Uma coisa é a possibilidade legal de o Reitor, por decisão pessoal, poder manter-se em funções. Outra bem diferente é a da legitimidade dessa decisão pessoal perante o interesse geral da Academia, no quadro do novo órgão colegial máximo de direcção da Universidade que é o Conselho Geral.
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