quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Ministro e as práticas ilícitas no meio académico!

Segundo a agência Lusa, no passado domingo, os responsáveis do Movimento Anti-Tradição Académica, divulgaram que a Universidade Lusíada de Famalicão vai pagar uma indemnização de 90 mil euros à família do jovem universitário que terá morrido na sequência de uma praxe académica. Acto contínuo, o Ministro da Ciência e Ensino Superior avisou que não vai tolerar abusos nas praxes académicas, denunciando-os ao Ministério Público para responsabilizar quer os seus autores quer as direcções de instituições que permitam que aconteçam. (…) Adverte o Ministro que, pela "extraordinária gravidade" de algumas destas práticas, "não permite qualquer tolerância" com "insuportáveis violações do Estado de Direito" no meio académico. A "prática de tais ilícitos" deve ser (…) “muito especialmente [combatida], pelos próprios responsáveis das instituições".

Não posso deixar de comentar, perante tão enérgica atitude, que ficamos então à espera de novo aviso do Ministro: o de que "não permite qualquer tolerância" com OUTRAS "insuportáveis violações do Estado de Direito" no meio académico ("insuportáveis", digo bem), bem como da “prática de [OUTROS] ilícitos”, e que para isso responsabilizará “quer os seus autores quer as direcções de instituições”. Tais OUTROS…, sem visibilidade nem impacto na opinião pública, podem agora ter como certo que nem a santíssima “autonomia universitária” vai acobertar os infractores. O Ministro vai cortar a direito - sou um homem de muita fé...

1 comentário:

Anónimo disse...

A praxe é da responsabilidade do Cabido de Cardiais. A praxe é utilizada como método de integrassão e não humilhação. Fui caloira, fui muito praxada, fui praxante e o fiz com orgulho, sou já licenciada e continuo a apoiar aquelas que foram minhas caloiras em nome das boas práticas na praxe. Penso que é ridiculo o que é vinculado na maior parte dos orgão de comunicação social. Ridiculo responsabilizar a reitoria por actos feitos pelos alunos, porque praxes não acontecem so no Campus, penso que na nossa Academia não existem más práticas nas praxes, quando existem as pessoas são punidas como aconteceu com os caloiros de LEI que no ano passado se envolveram em desacatos com alunos de uma faculdade do Porto, muito bem esses alunos estão proibidos de praxar...
quanto aos orgão de comunicação vejam o link seguinte: http://www.youtube.com/watch?v=qQf8wFUq03Y
Estive presente nesta actividade desportiva, sim existia alcool, como existe dentro do campus, sim existiram excessos tal como acontece em todo o lado. Humilhação não vi. Ninguém é obrigado a participar, ninguém é obrigado a nada. Quando praxo das primeiras coisas que faço é questionr os caloiros sobre o que podem ou não fazer, se tenho um caloiro com um problema no joelho, obviamente esse caloiro não vai fazer nada que possa prejudicar a sua saude. Falei com muitos pais que me agradeceram pela praxe a que sujeitei os filhos porque nunca os humilhei muito pelo contrario cheguei a ensinar, educar e encaminhei-os para uma vida académica, onde a boémia existe sim, mas onde o estudo e a responsabilidade como aluno e cidadão está acima de tudo.Lamento que muitas pessoas falem, como quando entrei trajada numa sala de aula e fui convidade a trocar de roupa para puder assistir à aula. Qual não é o meu espanto quando no aniversário da Universidade no Largo da Reitoria vejo esse mesmo docente trajado, o que fiz??? sorri e lhe disse é irónico professor... será que hoje me convidava a sair da aula??? enfim IGNORANCIA. Tenho muito orgulho no que fui, no que fiz e no que faço. SIM PRAXO ADORO E CHORAREI NO DIA EM QUE PROIBIREM TAIS ACTOS. Quanto à responsabildade da reitoria.... ridiculo... cada um deve ser responsabilizado pelos seus actos, se eu atropelar um aluno da universidade será que é o reitor que paga???ridiculo.... Não assino porque senão ainda me cai o ministério em cima.... já chega o clima de pré 25 de abril que estamos a viver.... expresso a opinião quem me conhece saberá quem sou, quem não conhece aqui fica uma opinião contrária à da maioria dos docentes. Ah.... praxe também é educar.... educar em moldes de educação não formal...mas é educar...